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Quando o sol desponta
Graças minhas ânsias
Cortando as distâncias
Do alto Uruguai
Olhando a palmeira
Minha alma se espelha
Na terra vermemlha
Que longe se vai
Meus olhos se perdem
Na plaga bendita
Serra do guarita
Meu grande albardão
Pelo rio da várzea
Lendas que não morrem
São águas que correm
Pra o meu coração
Refrão:
Eu tenho orgulho de ser da palmeira
Terra missioneira que eu amo e bem digo
Em cada carijo o verde tesouro
Coxilhas de ouro, de soja e de trigo
Marcas de coragem,
De amor e de sangue
Com a alma kaigangue
Da gente pioneira
Arroio do Bugre
Um pedaço de mim
Que me fez assim
Um filho da palmeira
Nasceu a querência
Porpito Martins
Em meio aos confins
E palmas tremulantes
Tua história renasce
Em cada poesia
Querida vilinha
Precioso diamante
Sempre que a saudade
Me fez que eu voltasse
Nas águas que nascem
No Rio Fortaleza
Eu me vi mateando
Pelos "barbaquás"
Saboreando a paz
E a tua beleza
Teua lindos ervais
Do potreiro bonito
Meu pago bendito
Que nunca renego
Com os teus "chibuás"
E o chão legendário
Tu és "caudatário"
Do amor que carrego.
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