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Quando no calvário conduzia a cruz
Jesus em Madalena os olhos Seus pousou
Cansado de Carpir Jesus tentou sorrir
mas uma lágrima na face Lhe rolou
Vendo a redenção naquele pranto
Madalena enxugou-Lhe o rosto santo
Quadro de exemplo e de esplendor
Jesus! A cruz! E o amor!
Eu sou mais infeliz
Mais doloroso é meu carpir
Meu calvário é mais alto
Eu estou exausto de subir
O pranto rola a flux
por sobre o meu tristor
Pesada é minha cruz!
A cruz do meu amor
Sim, eu prosseguirei
E sem esperança de encontrar
aguém que os prantos meus
venha enxugar.
Aos céus chorando minha alma voa
Triste, serena
Tem pena, perdoa
Dá-me um olhar de esperança
Alento para o coração
que de te amar não cansa
Ah! Perdoa tudo enfim
Até o mal de amar-te tanto assim
Versos que ao relento muita vêz compus
Poemas dolorosos que ao luar sonhei
Eu tudo lhe ofertei e a seus pés depus
entre lágrimas ardentes que chorei
Vejo entre a minha ansiedade
ressurgir minha tristíssima saudade
qual nova Fênix no atroz calor
das próprias cinzas do amor.
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