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O libertador de moscas
Afoito, desço rápido até o lago,
Um salvador.
Preparei um barco e fiz uma pequena oração
Porque estava assustado.
O sol brilhou e o lago fluiu.
Girassóis – girassóis
As moscas morrem.
Mas hoje eu vim para salvar tantas moscas quanto possível.
Em cada mão eu levo um barbante – determinado.
Eu os lanço dentro do abismo
E tento colher as moscas
Antes que os salmões migratórios as alcancem,
Onde elas lutam contra a correnteza e a água.
E assim o dia passa.
Uma vez vindo a bordo,
Começo assim a lutar contra a correnteza
Que já matou a muitos.
Eu não consigo respirar
E estou ficando mais pesado a cada onda.
Preciso de um milagre porque estou afogando pecados.
Eu tento chegar à bordo.
Eu puxo para a margem e me ponho a salvo na praia.
Deito numa rocha quente e deixo-me ficar seco novamente.
Eu me jogo dentro do abismo
E tento colher as moscas
Antes que os salmões migratórios as alcancem,
Onde elas lutam contra a correnteza e a água.
Entre a brisa, todo encharcado,
Corajoso, sente o quanto o barco está fora da corrente mais forte
E a terra se aproxima lentamente.
Ele está tanto na água como na terra, salvando
As moscas que morrem lá.
Embora, especialmente, a si mesmo.
Eterna guerra, paz em lugar nenhum.
Alguém teve de sacrificar a si mesmo.
Os dias são longos.
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