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Desde menino
Que eu viajava o horizonte
Eu cruzo léguas, cruzo montes
Num galope a beira mar
Usina velha
Adeus noite mal assombrada
Meu cavalo é a viola
E o verso é quem vem me guiar
O urubu vai, faz que não vai e vai
E o urubu vai, faz que não vai e vai
Disco de prata
Correndo de mala afora
Dando adeus e indo embora
Mergulhando no céu azul
Vem redemundo
E eu no meu chapéu de palha
Rodopio e viro as talhas
Rumo ao cruzeiro do sul
O urubu vai, faz que não vai e vai
E o urubu vai, faz que não vai e vai
Cobra caiana
Cascavel, cobra criada
Passarinho é quem se arrasta
E gente é quem corre no ar
Estrela verde terra azul, lua malhada
Abença! Deus barra estrelada
Eu só vim lhe espreciar.
Nunca há conversa
Quando existe uma viola
Nunca há cochicho quando existe um cantar
Deixe os problemas
Prá depois das doze horas
Dê adeus e vá-se embora
Só não empate de eu voar
O urubu vai, faz que não vai e vai
E o urubu vai, faz que não vai e vai
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