A cada dia que passa a medicina segue buscando desvendar alguns mistérios relacionados à saúde humana, e quando algum tipo de diagnóstico raro acontece, as atenções normalmente são voltadas para ele.
Nesse momento, o objetivo é entender o caso e trabalhar no sentido de evitar que outras pessoas acabem sendo surpreendidas por algo similar, e é algo exatamente nesse sentido que ocorreu recentemente nos Estados Unidos, onde de acordo com as informações, o vírus HIV pode ter sido transmitido entre duas mulheres. Na sequência você poderá entender todos os detalhes que cercam esse raro, e até então, suposto acontecimento.
Vírus HIV é passado entre mulheres nos EUA; Sexo sem camisinha estava entre as práticas
O raro caso foi registrado na última quinta-feira (13) nos Estados Unidos, e desde então, tem gerado preocupação nas entidades de saúde daquele País. As notícias deram conta de que uma mulher de 46 anos de idade, teria sido diagnosticada com o vírus HIV, o que gera o espanto, porém, é o fato de suas relações sexuais nos últimos anos terem se dado exclusivamente com mulher, possuindo inclusive uma única parceira.
A paciente que por uma questão de privacidade não teve seu nome divulgado, assegurou que anteriormente já havia mantido relações sexuais com homens, entretanto, a última vez que isso teria ocorrido seria há mais de dez anos, o que praticamente dissipa as possibilidades de contaminação por relação heterossexual. A parceira da mulher que agora foi supostamente diagnosticada com o vírus HIV, havia sido diagnosticada no ano de 2008 como soropositiva.
Mesmo sabendo da contaminação da parceira, a recém-diagnosticada continuava a manter relações de maneira desprotegida com a mesma, possivelmente por não saber que existia risco (apesar de mínimo e raro) de ser contaminada em uma relação com outra mulher.
Apesar de ainda não haver confirmação efetiva de que a contaminação tenha de fato ocorrido através da relação homossexual, o fato é que, a maioria, senão todos os indícios encontrados até o momento, apontam para esse caminho.
A paciente não apresentou nenhum dos outros fatores de risco, tais como transplante de órgão, drogas injetadas por agulhas, acupuntura, ou sexo desprotegido com outro parceiro, além disso, exames revelaram que a similaridade genética entre o vírus encontrado na mesma e o encontrado em sua parceira era de 98%.
O casal teria alegado não ter recebido informações suficientes a respeito dos riscos envolvendo a prática e nem tampouco sobre a prática do sexo seguro, descrevendo ainda que a relação sexual se dava por vezes de maneira intensa, a ponto de uma das duas acabar sangrando. Elas teriam assumido também já terem feito sexo durante período menstrual sem nenhum tipo de proteção.
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De acordo com as informações, a mulher que havia sido diagnosticada em 2008, chegou a receber prescrição médica de antirretrovirais em 2009, entretanto, parou de tomar os medicamentos no penúltimo mês do ano seguinte.
Segundo especialistas, esse tipo de caso é bastante raro, entretanto, passivo de ocorrer, visto que o vírus HIV também pode ser encontrado por vezes no sangue menstrual, ou até mesmo no líquido que sai da vagina. Profissionais alertam para o fato de que todo paciente diagnosticado como soropositivo, deve ser submetido a acompanhamento médico, além de tomar todas as medidas necessárias a fim de não acabar contaminando também o parceiro.
Para efeito de esclarecimento, todo o conteúdo desse artigo foi baseado em divulgação recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
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