Como Servir ao Senhor?

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Um fariseu para tentar Jesus, pergunta: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Jesus respondeu: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos” (Mateus 22:34-40).
Quando Cristo diz para amarmos a Deus, Ele já supõe que nós O tememos. Porém, temer, é apenas um grande passo, mas não é o suficiente. A diferença entre nós e os que temem e tremem (Tiago 2:18,19), é que eles são incapazes de sofrer com a dor do outro porque são diabos, enquanto aqueles que querem ter um lugar à direita do Senhor, se envolvem na causa do outro, tentando aliviar a sua dor.
Não é honrando a Deus com os lábios que caracteriza uma pessoa ser ou não de Deus; mas sim as boas ações é que vão mostrar o fiel da balança, na hora de aferir.
Quando um daqueles que se fazem de desentendido, como os que praticam o mal de forma disfarçada, e pergunta: “ O que foi que eu fiz?” (Jeremias 8:6,7), perguntarem também: como amar a Deus da forma como manda o primeiro mandamento? A resposta deve ser: Fazer a escolha que Jesus fez diante das propostas da tentação; que, com a Sua escolha, terminou abraçando os dois mandamentos: amor ao Pai e à salvação dos homens. Quando diante da escolha entre o “poder” ou a obediência, Ele escolheu o calvário da cruz. Mas esta escolha é para momentos cruciais. É para os momentos que obrigam os fiéis a decidirem de que lado irão ficar. Ou na decisão que envolve a crença e escolha a quem vai adorar. É para aquela hora de beber ou não o Cálice. No mais, não há como servir a Deus, senão abraçar as causas dos irmãos. Não há como definir se estamos ou não servindo a Deus, sem tomar como referência o que o Filho disse: “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram” (Mateus 25:40).
Ninguém ama o irmão sem antes temer e amar a Deus. Temer e amar a Deus é se abster do bem-estar passageiro e acolher para ser acolhido. É ser misericordioso, e ser misericordioso é ser desapegado a coisas materiais. É mansamente entender e aceitar que não podemos servir a dois senhores (Lc 16:13). Cristo deixou bem às claras, na passagem que fala do bom moço rico que já cumpria os mandamentos, mas recusou o SIGA-ME de Jesus quando lhe propôs trocar os bens na terra por um tesouro no Céu(Mateus 19:16-22).
Em Deuteronômio(15:7-9), Moisés falando ao povo, diz: “Quando no seu meio houver um pobre, mesmo que seja um só de seus irmãos, numa só de suas cidades, na terra que seu Deus dará a você, não endureça o coração, nem feche a mão para esse irmão pobre. Pelo contrário, abra a mão e empreste o que está faltando para ele, na medida que o necessitar... e não lhe venha à mente pensamento mesquinho... Ele clamaria a Deus contra você, e em você haveria um pecado.”
Isto, tanto serve para a prática individual, como para a prática coletiva. Individualmente você pode saciar a fome, a sede e vestir a nudez de alguém; já na prática coletiva, você, na sua congregação, pode socorrer as necessidades de vários irmãos na comunidade. E assim, juntos, todos da congregação caminham para a Graça do Pai.
Em Mateus (25:41-45) você ler: “... foi a mim que o fizeram... Depois o Rei dirá aos que estiverem à Sua esquerda: ‘Afastem-se de mim, malditos... porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede, e não me deram de beber; eu estava...’ ‘... também estes perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com... e não te servimos?’ ‘Então o Rei responderá a estes: Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês não fizeram a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram...”
Quer dizer: o preço pago para está à direita do Filho, é ter o coração voltado para a caridade.
Paulo, que foi tocado pela Graça Divina, quando falou às comunidades da região da Galácia diz: “... coloquem-se a serviço uns dos outros através do amor. Pois toda a Lei encontra a sua plenitude num só mandamento: ame o seu próximo como a si mesmo” (Gálatas 5:14).
Este mesmo Paulo, em 1 Coríntios 13:1...), resume da forma mais perfeita o que é um coração voltado para o acolhimento. Ele diz: “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como o sino ruidoso ou como címbalo estridente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda ciência; ainda que eu tivesse toda fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria...”
Se você atentar para observar se pode ou não seguir as instruções de alguém que se diz homem de Deus, basta avaliar se ele socorre o rebanho, saciando-lhe a fome, a sede e as necessidades das ovelhas desfavorecidas, ou se ele usa as ofertas recolhidas, em luxúrias e na compra de patrimônio para uso próprio.
Por isso, pesquise a Bíblia, não se limite apenas ao que os líderes religiosos dizem; alguns, muitas vezes dizem o que nem o Pai, nem o Filho mandaram dizer.
Em Mateus (7:15-20), o Filho diz: “Cuidado com os falsos profetas: eles vem a vocês vestidos com peles de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Vocês os conhecerão pelos frutos deles...”
Não são todos os dias que temos a oportunidade de avaliarmos se estamos sendo fiéis ao primeiro estatuto de Deus; mas todos os dias, temos a oportunidade de aliviarmos o fardo de alguém.






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