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Veja também o vídeo da música tocada.
Direto do hospício que chamam de favela
Aqui mas um maluco que não acredita em novela
Se a vida è bela na tela tudo bem,
Quem è louco como eu veste camisa de força também.
Minha loucura è simples de ser compreendida.
Me transformaram em canibal em preto suicida
Inconformado mensageiro da verdade
Vendo o povo agonizado às margens da sociedade
Que massacra,destroi, humilha,
Transforma seu filho em ladrão
E prostitui sua filha.
Te escraviza, te humilha, te mata
Enquanto o verdadeiro ladrão usa terno e gravata,
Não manuseia fuzil, nem escopeta
Mata milhões de brasileiros só com a caneta
Fica impune, não vai preso,
Ele não è pobre, não è preto
Se for condenado fica em cela separada
Com televisão, frigobar e àgua gelada
Criminoso com nível superior, financia a guerra, òdio,o rancor
A burguesia faz questão de não entender,
Disca 190 e manda os homens me prender
O sociólogo me ouve e fica puto,
Diz que esse bagulho de rap é coisa de maluco
Analfabeto, ignorante sem cultura
Diz que quem é sábio com favelado nunca se mistura
Quem diria, que sabedoria,
Estudou em outro país e agora tem pavor da maioria
MV Bill um maluco chapa quente
Que não aceita as covardia assim tão facilmente,
Eu to ligado que a elite me odeia,
Me chama de bandido e diz que mulher preta é feia
Eu na cadeia sentiriam até pena,
Menos um problema MV está fora de cena,
O pesadelo que elite não que ter,
Bater de frente com alguém da cdd
Trema na base quando vê o Bill,
Chama a polícia quando vê o Bill,
Aquele preto com o corpo tatuado
Denunciando a pobreza e a miséria no Brasil
Tem muita coisa na TV que eu não curto
Só mais um maluco
Só mais um maluco
Na hora de falar eu nunca fico mudo
Só mais maluco
Só mais um maluco
Manda os homens me prender me deixa puto
Só mais maluco
Só mais um maluco
Eu nasci assim por isso eu nunca mudo
Só mais um maluco
Só mais um maluco
A madame se assustou, a favela me deu dez
Quando eu entrei sem camisa de pistola no Free Jazz
Pra quem duvida ainda tem muito mais,
Eu faço apologia não do crime e sim do paz
Mais roupa branca sem pensar na maioria,
Pedir paz sem justiça é utopia
A guerra me parece inevitável
Pra quem vive na posição desfavorável
Sufocado, amontuado aqui no morro
Se a população se revoltar
Não grite por socorro
E o armamento povo que se formar
Veja seu descaso e arrogância no que vai parar
Pode esnobar quem vive de baixa renda,
Quando o sangue bater em sua porta espero que você entenda
E descubra que ser preto e pobre é foda
Sociedade hipócrita só lembra de ser brasileiro na copa
Fora de moda em cima do toque africano, desobediente,
Troque o pente enquanto vou falando,
Militando, declamando, rimando, versando, brigando,
Gritando, morrendo e a mesmo tempo matando
Meu país cadê sua raiz, aqui o povo que não luta è chamado de feliz
E segue a risca os padrões da burguesia.
A mesma que as influencia minha e sua tia,
Na frente do espelho imitando a coreogràfia,
Incentivando a brutal pedofilìa,
Eu creio em Deus pai todo poderoso só o único que me guia,
Se for pra ser feliz assim serei maluco até o fim
E se uma guerra amanhã estourar, sei qual o lado eu vou estar.
È muito confuso, é muito sinistro quem casa a miséria aqui
Jura ter amor ao cristo e com seu ar superior
Não tem respeito pelo gay, pelo idoso, pelo pobre e pelo preto.
Trema na base quando ver o bill
Chama a polícia quando ver o bill.
Aquele preto com o corpo tatuado
Denunciando a pobreza e a miséria do Brasil
Só mais um maluco
Só mais um maluco
Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto,
Só mais um maluco
Só mais um maluco
E com vidinha de artista eu não me iludo,
Só mais um maluco
Só mais um maluco
Lá na favela dona Maria tá de luto,
Só mais um maluco
Só mais um maluco
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