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I
Da terra das araucárias, da selvática grandeza,
dos pinhais catarinenses, veio gente obreira e forte
Que uniu-se aos filhos da terra vindos Sul e do Norte,
desde as pragas ressequidas, do Ceará de Iracema.
Do Turvo à Foz do Assungui, portugueses, cearenses
paulistas e japoneses, e os varões catarinenses,
te ergueram dos vãos das serras, no mais épico poema.
(Refrão 1)
TAPIRAÍ! Ouve o Hino da teu povo e a tua história
Nas vozes do teu passado, nas vozes do teu presente.
Uma epopéia de glória,
dos bandeirantes da terra co'os bandeirantes do oriente,
II
Na serra ouve o dobrado do curió do Patrimônio
A araponga tine e estala, sabiá do brejo chora.
Ronrona da onça pintada, e o macuco se apavora.
Geme triste a pomba – rola na copa da quaresmeira
Na mata pia o guassu, onde em manacás em flor,
Cipós entre se abraçam no mais termo e longo amor,
Papagaios tagarelam, sobre os leques da palmeira
(Refrão 2)
TAPIRAÍ! De sertão se tornaste vila, e hoje és cidade
Audácia e temeridade, tornaram-te floresceste
Fruto da tenacidade,
dos homens do teu passado, dos homens do teu presente.
III
Te elevas da Terra fofa, de xaxins e samambaias
Do valor dos teus pioneiros, o ideal de independência
desperta o ardor teus pioneiros, o ideal de independência,
desperta o ardor do civismo, dá mais rigor à consciência,
conquistando a liberdade, da pirambeira aos penhais.
Caminhas ao teu porvir, veredando honrosa senda.
A Juventude transporta, na vanguarda audaz legenda
'Nossa marcha para frente, ninguém segura jamais'!
(Refrão 3)
TAPIRAÍ! Hoje és mais que uma promessa alviçareira
Que as braços da junvetude, temerária e varonil
carrega a tua bandeira
A tremular lado a lado, junto as demais do Brasil!
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