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Formado em Comunicação (Rádio e Televisão) pela USP, tendo Antônio Abujamra como professor e depois lecionando na mesma instituição, é pai de dois filhos, Renato e Ricardo.
A carreira como escritor de televisão teve início ao elaborar roteiros para o antigo Telecurso de segundo grau e a estréia na telenovela se deu quando escreveu, em parceria com Edy Lima e Ney Marcondes, Como salvar meu casamento (1979) para a Rede Tupi. A produção foi cancelada pouco antes do final, devido à grave crise que levaria ao fim a emissora.
No ano seguinte o mesmo trio foi chamado pela Rede Bandeirantes para assumir a novela O Todo-poderoso, que já estava em andamento.
Nos anos 80 foi colaborador de Silvio de Abreu em Jogo da Vida (1981) - baseada na sinopse de Janete Clair - e em Guerra dos Sexos (1983), de Cassiano Gabus Mendes em Elas por Elas (1982) e adaptou a peça Maria Stuart para a TV Cultura em 1982.
A primeira novela como autor titular foi Vereda Tropical (1984), um grande sucesso, que lançou a linha homônima de perfumes femininos e que também contou com supervisão de texto de Sílvio de Abreu. Tendo como base a linha de Sílvio—expressa em Guerra dos Sexos e Jogo da Vida -- foi uma divertida e envolvente trama, com momentos puramente anárquicos e de comédia pastelão, pouco usuais na TV até então.
Uma característica fundamental nas suas tramas é o enredo cheio de ação, humor, diálogos rápidos e sarcásticos, se aproximando muito da linguagem cinematográfica e das histórias em quadrinhos, receita que seguiu em Bebê a Bordo (1988), outro grande sucesso.
Prosseguiu com Perigosas Peruas (1992) - na qual contou com a supervisão de texto de Lauro César Muniz - que não obteve o mesmo êxito de suas obras anteriores. Após essa escreveu Quatro por Quatro (1994), considerada por muitos a sua melhor novela. Conheceu o fracasso com Vira Lata (1996), que foi muito criticada por setores da opinião pública devido à promiscuidade de alguns personagens.
Enquanto nas telenovelas Uga Uga (2000) - que abordou de maneira escrachada a cultura indígena - e Kubanacan (2003) - alegoria ambientada em uma republiqueta latino-americana dos anos 50 - o sucesso voltou, dividiu profundamente com as mesmas a crítica especializada, principalmente quanto às inúmeras reviravoltas das histórias - vistas por alguns como inadequadas para a linguagem televisiva - e à relativa nudez de seus elencos, sobretudo do casting masculino.
Com Pé na Jaca (2006), outra novela produzida dentro da linha que o consagrou, não conseguiu atingir os índices de audiência esperados pela direção da Rede Globo.
Escreveu também a polêmica minissérie O Quinto dos Infernos (2002), onde recontou em tom satírico a passagem da Família real portuguesa pelo Brasil, não poupando para isso o uso do erotismo e do retrato caricato de personalidades reais, obra vista por muito - principalmente por historiadores brasileiros e portugueses - como uma pornochanchada histórica; por conta disso, veículos de comunicação como o jornal lusitano Correio da Manhã a criticaram bastante, bem como os descendentes dos monarcas.
No segundo semestre de 2008, escreveu o seriado Guerra e Paz, exibido às sextas-feiras e que teve origem em um especial de final de ano homônimo veiculado em 2007.
A griffe de Carlos Lombardi é, portanto, essencialmente polêmica: há os que o consideram um verdadeiro mestre por desafiar e retrabalhar frontalmente os clichês e convenções da teledramaturgia brasileira, oferecendo criações tidas por seus admiradores como complexas e surpreendentes. Contudo seus detratores o vêem como um autor apelativo e pouco talentoso.
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